Os seis jornais mais vendidos do país, mantiveram suas posições em relação ao mês anterior, segundo dados do IVC de dezembro. Pela ordem: 1º Folha de S.Paulo, venda média diária 289.260, com queda de 2,89% em relação ao mês anterior; 2º Super Notícia – MG (282.503, queda de 0,94%), 3º O Globo (251.944, queda de 0,75%); 4º Extra (222.545, queda de 3,34%); 5º O Estado de S.Paulo (221.251, alta de 3,67%) e 6º Zero Hora (185.713, alta de 1,19%).
Com relação ao mesmo período do ano passado, O Globo caiu 14,10%. Os outros variaram entre queda de 3,40% (Folha) a um crescimento de 0,55% (Estadão).
Outros dados interessantes: os principais jornais populares do Rio tiveram queda em relação ao mês anterior, variando de 0,32% (Expresso da Informação) a 5,54% (Meia Hora). O Meia Hora (115.456 exemplares vendidos em média, por dia) teve queda no mesmo patamar (5,25%) que o outro jornal da empresa que o publica, O Dia (58.632). O ex-principal diário da editora, que já rivalizou em vendas com a Folha, hoje ocupa a modesta 18ª posição no ranking. Na comparação com dezembro de 2008, os dois tiveram reduções expressivas: - 35,35% e -39,42%. Será que foi isso que motivou a saída de Gigi Carvalho da presidência do grupo?
Não custa relembrar a história de O Dia. Da década de 40 a 1983, ele pertenceu ao ex-governador do Rio, Chagas Freitas, era um jornal do tipo “espreme e sai sangue” e vendia, sem muito marketing e esforço, 180 mil exemplares por dia quando foi vendido para Ary Carvalho, que o comprou com a ajuda do ministro Mário Andreazza e algumas construtoras. Ary determinou a reforma editorial do jornal, em 1987. Contratou Dácio Malta, do JB, para editor-chefe, aumentou salários e levou para O Dia profissionais do Jornal do Brasil, jornal de maior prestígio à época, O Globo, Última Hora, que agonizava, e outros veículos. As mudaças levaram o jornal a vender mais de 900 mil exemplares aos domingos e 450 mil nos dias de semana, no início dos anos 90.
Decisões equivocadas (a de partir para uma disputa com O Globo, o fechamento das edições regionais e mudanças na linha editorial, dentre elas), da então editora-chefe Ruth Aquino no comando da redação, fizeram as vendas do jornal despencar. Outro fator contribuiu para isso, o surgimento do Extra, do mesmo grupo de O Globo.
Ainda sobre populares cariocas, levando em consideração minha tese que os jornais esportivos se encaixam nessa categoria, vale registrar que o Vencer, vencer, vencer, voltado para a torcida do Flamengo, passou da 31ª posição para a 23ª. São 46.838 exemplares/dia, o que representa crescimento de 20,88% em relação ao mês anterior e de 175% (o segundo maior aumento entre os 95 jornais que constam na lista do IVC, em relação a dezembro de 2008) – o maior crescimento foi registrado pelo também popular Aqui (PE), cujas vendas subiram 295,51%, comparando-se com o ano anterior. É uma média de 20.780 exemplares/dia. O veículo é o 53º do ranking.
Grandecrescimento no mesmo espaço de tempo também foi registrado pelo popularzão do Amazonas, o Dez Minutos (118,93%, 71.052 exemplares e 16º do ranking).
Para finalizar, algumas disputas regionais:
Rio Grande do Sul – Zero Hora (6º, 185.713) x Correio do Povo (7º - 153.886 exemplares) x Diário Gaúcho (9º, 139.628, mesmo grupo da ZH).
Minas – Super Notícia (2º, 282.503) x Aqui (MG- Consolidado – 123.962 – 11º) x Estado de Minas ( 14º, 75.380) x O Tempo (21º, 47.588). x Hoje em Dia (29º, 41.047)
Pernambuco – Jornal do Commercio (30º.40.925) x Diário de Pernambuco (48º, 22.227) x Aqui (PE) (53º, 20.780)
Ceará – Diário do Nordeste (28º, 41.213) x O Povo (42º25.175)
GJOL em casa nova
Há 11 anos
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