A 1ª Conferência Norte-Nordeste de Comunicação no Serviço Público reuniu, em Recife, cerca de 100 jornalistas, relações públicas, publicitários e técnicos, que atuam na faixa territorial entre Roraima e Bahia. Experiência relevante que serviu para distinguir jornalistas a serviço do Estado, interessados em se aperfeiçoar e melhorar a forma de se comunicar, e burocratas que se aboletaram em assessorias como único e definitivo emprego.
O evento proporcionou importantes debates entre profissionais que ocupam os dois lados do balcão comunicativo (assessorias e redações), acumulando queixas recíprocas e mágoas. Encarar que ambos enfrentam os mesmos problemas – enxugamento de equipes, falta de recursos e treinamento, patrões e assessorados equivocados, salários baixos, deadlines apertados e muitas outras mazelas – funcionou como um bálsamo. Mas também nos deu a certeza que precisamos fazer muito mais para solucionar um problema maior: a má qualidade da informação que levamos ao público.
Má qualidade muitas vezes originária da priorização do marketing sobre o conteúdo informativo e que tem como conseqüências transtornos para população, queda de audiência para os veículos de comunicação e perda de credibilidade do serviço público.
A complexidade das questões tratadas, evidentemente, não se resolve em dois dias. Surgiu da platéia o pedido para que outros encontros como este se realizem no Norte e Nordeste.
Eu, particularmente, saí da conferência com sensação que tive diante da Praia de Boa Viagem, em frente ao hotel onde se realizou o evento: foi reconfortante, mas não dá para esquecer que se bobearmos os tubarões nos atacam.
GJOL em casa nova
Há 11 anos
Fechou com chave de ouro, que venham mais como essa para melhorar a informação e a qualidade do jornalismo brasileiro!
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