Na madrugada de 6 de março, muita água desceu do céu. Formado, quem sabe, pela condensação das lágrimas de mães que perderam os filhos nos últimos dias, o toró varreu as ruas da Barra, em Salvador. Choveu tão intensamente, e tão rápido, que mal deu tempo de ver no aguaceiro referência à vida de Deise Ramos Santos.
Negra, pobre, ela se divertia atrás de um trio elétrico ao ser atingida por uma bala perdida. O seu corpo foi enterrado, na Quinta dos Lázaros, 21 anos depois que nasceu; pouco antes do temporal.
GJOL em casa nova
Há 11 anos
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