quarta-feira, 18 de março de 2009

Clara em transe
(27/09/2003)

De repente, Clara puxa o freio do tempo. Repete duas frases, como um mantra, e sente uma boca invisível deslizar por seus lábios, pescoço, seios e coxas.

Aquela estranha oração costuma ser repetida nos momentos de tensão; duas ou três vezes nos dias de horas mortas.

As palavras secretas produzem sensações que a fazem sentir-se viva na loucura do trabalho, da solidão, do Rio de Janeiro de 2007.

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